segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Curso Didática reflexiva da música: aliando PNL e competências na prática da educação musical

Estou divulgando o curso que estou preparando para acontecer na cidade de Poços de Caldas, a partir de janeiro de 2014, com 60 horas (com data ainda a definir, mas é certo que acontecerá sempre em um fim de semana intensivo). Este curso é fruto de estudos iniciados pelo grupo de pesquisa do qual faço parte, "Grupo de Pesquisa PNL e Educação Musical", criado em agosto de 2013, por professores de música e um profissional em PNL, também educador musical.


Sobre o curso:


Vivemos uma era de profundas transformações nas relações humanas. O tecnicismo e o pragmatismo têm cedido lugar, gradativamente, à valorização das competências, o que exige mobilização contínua de recursos e saberes em prol da excelência em qualquer área de atuação. A Educação abraçou fortemente esta ideia, pois ensinar e aprender por competências centraliza a escola no aluno, desenvolve a capacidade de transferir conhecimentos e de significá-los, permitindo apropriação de conhecimento, ao invés da mera aquisição de saberes. Uma Educação baseada no desenvolvimento de competências, por outro lado, exige clara sistematização didática e metodológica do professor, sem as quais os saberes correm o risco de se tornarem aleatórios e arbitrários, acarretando práticas repetitivas, repetidas e inconscientes (descompromissadas com o que, para que, como, por que e onde).
O curso “Didática reflexiva da música: aliando competências e PNL na prática da educação musical” tem, como objetivo, portanto, desmitificar a ideia de que o ensino de música ocorre apenas pela seleção e aplicação de atividades sem a devida sistematização metodológica e desvinculada de um corpo de competências especificamente musicais como objetivo da aprendizagem. Ao mesmo tempo, pretende estabelecer a ideia de que a prática de sala de aula é incerta e flexível, pois “sabemos como começaremos uma aula, mas não podemos assegurar como ela irá terminar, o que irá acontecer durante a interação e, finalmente, o que os alunos irão aprender do que pretendemos ensinar” (ZARAGOZÀ, 2009, p. 18). Esta incerteza e flexibilidade decorrem do fato de que estamos lidando, em Educação, com seres humanos, cujos comportamentos/respostas são individuais e representam uma maneira própria de agir e interagir com o ambiente e as pessoas que os cercam. 
Atualmente, com base neste novo paradigma, se o professor encara a aula de música da mesma forma, sob a mesma conduta, alicerçada sobre as mesmas práticas, esperando sempre os mesmos resultados, privando-se de contextualizar o planejamento e a ação em um âmbito diverso, mutante, aberto e flexível, corre o risco de cegar-se para a multidimensionalidade da prática de ensinar e aprender. Além disso, fecha os olhos para a diversidade que é a comunidade da sala de aula, com as experiências e aprendizados individuais. Fecha os olhos para as variáveis do entorno educacional, e na tentativa de controlar o ambiente de ensino, o “espírito criador que duvida, procura, investiga e pesquisa” é trocado pela “estagnação, rotina, sistematização rígida dos princípios e proclamação do valor absoluto” (Koellreutter, 1994). Em consequência, impede-se de uma profunda compreensão da realidade educativa que pretende transformar, porque se priva de se reinventar como docente, ao deixar de se perguntar “por que faço o que faço e da forma como faço?” (Duque, in Zaragozà, 2009).
Por essa razão, aliando os recursos da PNL (Programação Neurolinguística) à didática do ensino de música, o curso também pretende oferecer instrumental para o professor avaliar processualmente o desenvolvimento educacional e musical dos alunos, pois a PNL estuda como o cérebro e a mente funcionam e determinam nossos comportamentos, isto é, como o ser humano “funciona” e como ele pode escolher o modo como quer “funcionar” (MANCILHA, s/d, p. 02). Por meio da PNL, é possível mapear o ponto em que cada aluno se encontra no aprendizado, como ele responde às estratégias de ensino e como o professor pode fomentar e direcionar o aprendizado por meio de competências de modo a potencializar e ampliar os seus saberes.
As unidades programáticas do curso abrangem um corpo teórico-prático de conteúdos que serão ministrados entrelaçados, de modo que teoria e prática sejam um só corpo metodológico no ensino de música, embora nesta apostila, venham separados.
São elas:


Conteúdo do curso – Escopo teórico:
1)    Didática do ensino de música:
a.    Para que didática?
b.    Modos de ensinar
c.    Didática reflexiva no ensino de música

2)    Competências no ensino de música:
a.    O que são competências, o que é educar por competências
b.    Ensino musical por meio do desenvolvimento de competências musicais;
c.    Definição de um corpo de competências musicais a serem desenvolvidas no   âmbito escolar;
d.    Dinamização de conteúdos, objetivos e competências no currículo.

3)    PNL na Educação Musical:
a.    O que é PNL
b.    PNL e Educação/Educação Musical
c.    Ferramentas da PNL no ensino de música
d.    Aliando competências e PNL na Educação Musical

Conteúdo do curso – Escopo prático:
1)      Prática do ensino de música:
a.    Aplicação prática e relacional dos itens 1, 2 e 3
b.    Montagem e criação de atividades para sala de aula
c.    Transposição didática de atividades: diversidade em foco
d.    Criação, apreciação e performance como foco da prática


Sobre o Grupo de Estudos PNL e Educação Musical:



O grupo tem, como objetivo, investigar as bases da Programação Neurolinguística e associá-las às práticas e metodologias de ensino de música, nas suas modalidades (instrumento, práticas em conjunto e teoria geral da música), buscando compreender como as pessoas aprendem, respondem, interagem e constroem o conhecimento musical. A partir desse diagnóstico, pretende sugerir formas estratégicas de atuação docente que possam modificar ou reforçar ações de modo a direcionar a aprendizagem a níveis ótimos de eficácia. Tais estratégias reúnem pressupostos e Sistemas Representacionais da PNL alinhados à proposta da aprendizagem musical tendo como sustento um rol de competências musicais preestabelecidas. Os primeiros estudos ja produziram o Curso que está sendo oferecido nesta página. Em seguida, o grupo pretende divulgar esta e outras pesquisas em Congressos no Brasil e na América Latina, a partir de 2014.


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terça-feira, 4 de junho de 2013

Palestra e lançamento do livro na 3a Semana da UEMG

Aconteceu hoje, 04 de junho de 2013, às 8:00h, na Escola de Música da UEMG, a palestra sobre o livro Educação Musical: materiais concretos e prática docente.

Foi muito bom estar naquela casa, sabe por que? Primeiro, porque compartilhar ciência é sempre frutífero, saudável e necessário, ainda mais na área da Educação Musical; segundo, porque o intercâmbio entre Universidades é benéfico, tanto para as instituições envolvidas quanto para os docentes e discentes que usufruem desse intercâmbio, porque congrega-se, permite-se compartilhar, somar, contribuir; terceiro, porque estando lá, mostro meu trabalho, o que penso e como penso. 

Acredito que o resultado de minha ida à UEMG foi positivo nesses aspectos.

Agradeço, de coração, ao Marcelo Pereira, coordenador da Licenciatura e Música/Educação Musical Escolar, e à Isabela Lúcia Santos, pelo incentivo, apoio e espaço cedido. Agradeço aos alunos, professores e demais presentes, por cederem seu tempo matutino para congregar e compartilhar comigo reflexão e flexibilidade (temas centrais abordados na palestra). 

Obrigada!!!!


                                                             Foto: Isabela Lúcia Santos





domingo, 21 de abril de 2013

Enfim, livro lançado oficialmente!

Foi no último dia 19 de abril, às 20h, o lançamento do meu livro "Educação Musical: materiais concretos e prática docente" na Livraria Fnac do BH Shopping, em Belo Horizonte.

Houve apresentação do livro por mim, seguido de um bate papo com o público, e autógrafos de exemplares.

Obrigada às pessoas que estiveram lá para prestigiar! O momento foi especial demais para mim, pois simbolizou conquistas pessoais e profissionais que só mesmo quem me conhece mais de perto alcançou seu valor e profundidade!

Confira algumas fotos! O álbum completo, postei no meu facebook.















sexta-feira, 29 de março de 2013

Expresso Musical - Palestra (outubro de 2012)

O Expresso Musical, atividade de extensão da Universidade Vale do Rio Verde (Unincor) ofereceu-me a oportunidade de apresentar uma palestra sobre o meu livro, em outubro de 2012. Além da palestra, houve concerto com professores e alunos do curso de música a distância. 

terça-feira, 26 de março de 2013

Lançamento do livro confirmado!!

Confirmado o lançamento do livro para o dia 19 de abril, às 20 horas, na Livraria Fnac do BH shopping, em Belo Horizonte!


E sobre o que trata o livro?

Conheça seu conteúdo, lendo sua apresentação, que disponibilizo aqui:


APRESENTAÇÃO
A semente que germinou esse trabalho é antiga na minha vida... Nunca aprendi música, quando criança, utilizando objetos que não fossem os próprios artefatos que estão a serviço dela, como os instrumentos musicais e os livros! Por isso, quando comecei a ensinar música, esses eram os recursos que utilizava. Porém, mais tarde, durante o período em que cursava a faculdade de música, em Belo Horizonte, me deparei com um novo tipo de ensino, subsidiado por diversos materiais manipuláveis, e também brinquedos e jogos, que eram chamados materiais concretos. Crianças, então, deveriam aprender música assim, manipulando objetos – pensei!
Acontece que, ao terminar a faculdade é que comecei, de verdade, a estudar! Ao tomar conhecimento das teorias de desenvolvimento musical e artístico surgidas a partir do final da década de 70, estranhei o fato de que não mencionavam um aprendizado de música que não fosse pela música, em si. Comecei a entender que o valor à prática e à experiência musical estaria à frente de qualquer outra forma de se relacionar com a música, quando se fala em ensinar e aprendê-la. O contato direto com ela e seus elementos constituintes, desde os materiais musicais até as formas expressivas que surgem quando esses materiais dançam em nossa imaginação, era a tônica defendida nessas teorias.
Cheguei a um impasse: e os materiais concretos? O que eles estavam fazendo no ensino de música, então, se aqueles fundamentos da educação musical não tratavam deles, nem os mencionavam? Por que crianças precisavam aprender música manipulando objetos? Isso muito me intrigou... E já se sabe, quando algo nos intriga, é hora de fazer pesquisa!
E assim surgiu o tema da investigação que hoje se transforma em livro e chega às suas mãos.
Fui buscar, em fundamentos de áreas vizinhas à Educação Musical, como a Psicologia e a Educação, possíveis explicações para meus questionamentos. Depois de algumas leituras, descobri que a adoção de materiais concretos como subsídio da prática docente é decorrente de uma gradativa percepção de que a manipulação de objetos facilita a aquisição de conceitos. Estudos atuais revelam que o jogo e o brinquedo são ainda utilizados, no século XX-XXI, como meios para se atingir objetivos pedagógicos (KISHIMOTO, 1994, p.13-14). Observamos que o mesmo ocorre nas aulas de música para crianças.
Em minha experiência e observação da prática da educação musical infantil, ao longo de mais de vinte anos, sempre constatei que os materiais concretos são utilizados para ensinar as crianças das mais diversas idades, e mesmo adolescentes e adultos, mas logo ficou evidente que a grande variedade desses materiais se concentra no trabalho realizado com as crianças entre três e cinco anos de idade. Uma infinidade de objetos, materiais de jogo, quebra-cabeças, dentre outros, são constantemente incorporados à prática educacional de música. Entretanto, prevalecem dúvidas quanto à classificação desses materiais em jogos, materiais pedagógicos concretos ou brinquedos (KISHIMOTO, 1994, p.13-14). A questão terminológica pareceu ser, para mim, o gatilho inicial para compreender a inserção dos materiais concretos no ensino de música para crianças dessas idades.
O termo, oriundo da Educação Matemática, foi ‘emprestado’ à Educação Musical. Embora esses materiais sejam amplamente utilizados no ensino de música, eu não encontrei, à época que decidi pesquisar o assunto, nenhuma pesquisa acadêmica acerca do que os define e qual sua função na educação musical infantil. Havia, então, um descompasso entre a frequência com que esses objetos eram utilizados no ensino de música e a inexistência de estudos a respeito de seu uso e função. Mas o jogo, o brinquedo, o material concreto estavam lá, na sala de aula! Seriam eles sinônimos? Nomenclaturas diferentes para um mesmo objeto? Portanto, foi premente, para mim, entender se e como os materiais concretos guardavam relações com o jogo e o brinquedo, uma vez que todos eles eram incorporados à prática da educação musical infantil.
Porém, eu estava longe de compreender a relação entre o uso desses materiais no ensino de música e a omissão deles nas teorias de desenvolvimento musical...
Por meio da pesquisa, intentei responder a três questões que eu julgava o pontapé inicial, rumo a futuras investigações mais profundas sobre o assunto: 1) O que define os materiais concretos utilizados na aula de música? 2) Qual a função e aplicação desses materiais no ensino de música para crianças entre três e cinco anos? 3) Qual a relação entre as concepções de jogo, brinquedo e materiais concretos existentes na literatura e aquelas apontadas pelos professores? Na coleta de dados, que se deu por meio de entrevista, cada uma dessas três questões viraram blocos temáticos, dentro dos quais elaborei perguntas mais específicas, englobando, desde a questão terminológica até a relação entre os materiais e o desenvolvimento musical infantil.
No Capítulo 1, revisei os conceitos de jogo, brinquedo e material concreto, surgidos a partir do século XX, na área da Educação. Em relação ao jogo e ao brinquedo, percebi que muitas definições eram iguais, o que me levou a realizar uma seleção daquelas que pudessem trazer algum diferencial em relação à outra, somando contribuição. Também pude compreender que limiar conceitual distingue, entre si, esses termos, o que deixou evidente que a utilização deles como sinônimo não precisa ser uma práxis. A partir de suas definições e contextualizações na educação geral, busquei definir e contextualizar esses termos na educação musical. Finalizando, discuti possíveis implicações do jogo, do brinquedo e do material concreto na prática da educação musical infantil.
No Capítulo 2, realizei, primeiramente, um estudo histórico-evolutivo sobre o jogo e o brinquedo, desde o século XVIII até o século XX. Destaquei as figuras de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), Johann Heinrich Pestalozzi (1746 – 1827), Friedrich Wilhelm August Froebel (1782-1852) e Maria Montessori (1870-1952), que investigaram a utilização do jogo e do brinquedo na educação geral e musical infantil. Esse estudo poderia me oferecer subsídios para compreender a inserção dos materiais concretos no ensino da música na atualidade, a partir de uma perspectiva histórica que pretendia relacioná-los ao jogo e ao brinquedo. Na segunda parte do capítulo, apresentei e discuti as pedagogias dos educadores musicais Edgar Willems (1970; 1962) e Maurice Martenot (1970) sob o ponto de vista do jogo e do uso de materiais diversos no ensino de música. À luz de um estudo crítico dessas pedagogias, pretendi compreender o universo no qual se inserem os materiais concretos utilizados na prática da educação musical infantil na atualidade.
No Capítulo 3, apresentei a metodologia de pesquisa utilizada, e no Capítulo 4, os resultados encontrados.
Esperei, com esta pesquisa, definir o que são materiais concretos, qual sua função e aplicação na aula de música, a partir de sua relação com o jogo e com o brinquedo. A intenção maior, no entanto, foi a de fornecer subsídios teóricos a partir de um viés reflexivo, que pudessem orientar o trabalho teórico-prático do professor de música que trabalha ensinando por meio desses materiais.
Acredito que a reflexão seja a mola propulsora de um trabalho pedagógico responsável, sempre! É ela quem tem me guiado e impulsionado ao longo de vários anos, me impedindo de ser abatida como o carvalho da epígrafe. Desejo, de coração, que este livro possa guiá-lo e impulsioná-lo nesse sentido. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Lançamento do livro (2)

Pessoal!

O livro ficou pronto no final de dezembro! Pois é, bem na época em que todos - inclusive eu - entraram de férias! Já tenho os exemplares para venda em minha casa, mas você também pode comprá-lo pelo site, diretamente no link Editora Appris - Meu livro.

O custo para adquiri-lo via site, livraria física ou comigo é o mesmo, ou seja, R$54,00. 

Obrigada!!